Esse é o primeiro capítulo da nossa série de como realizar o sonho da maioria dos brasileiros: Viver de renda.
Nas últimas semanas, vimos como a previdência privada pode ser uma ferramenta poderosa para a poupança de longo prazo e, posteriormente, para a concretização da ambição da maioria dos brasileiros: viver de renda.
Antes de tudo, uma questão crítica para quem quer começar a investir: A reserva de emergência! É um valor que servira em caso de emergência sem exigir que você ajuste sua abordagem de investimento de longo prazo. É um valor que precisa estar:
Aplicado a um risco muito baixo (você não pode se dar ao luxo de ter menos dinheiro do que investiu por causa das flutuações do mercado quando precisar dele em uma emergência)
Ter alta liquidez, ou seja, estar acessível para uso em até 24 horas se necessário.
Tenha uma quantia segura reservada para qualquer situação. Sempre deixe de 6 a 12 meses de custos. No caso de uma crise financeira (pandemia), você conseguiria sobreviver por um período de tempo sem ter que abandonar seus planos. Quanto maior a reserva, mais seguro você está. Porém, é melhor não superestimar o valor porque, por ser um investimento de baixo risco, o retorno será mínimo.
Com a reserva de emergência definida e aplicada, podemos partir para o ataque. Uma carteira bem montada, de perfil moderado, hoje está rendendo em média 0,7% ao mês (na verdade rende mais, mas vamos fazer uma simulação mais conservadora para se errarmos, errarmos para menos).
A ideia seria ficar com essa carteira até o momento em que você queira se aposentar.
Vamos agora fazer uma simulação para ver na prática quanto você teria no final do período de acumulação.
Para essa simulação, vamos considerar os seguintes dados:
· Aplicação será feita por 20 anos (240 meses)
· Rendimento médio de 0,7% ao mês (perfil moderado)
· Valor de aplicação inicial de 15 mil reais
· Aporte mensal de 1.000 reais
Ao final desses 20 anos, você teria um valor de 700 mil reais investido. Nada mal, não é? Mas agora precisamos fazer com que esse patrimônio comece a gerar renda. Aqui algumas opções se apresentam.
Contratar uma renda mensal. A seguradora se compromete a te entregar uma renda mensal por um tempo determinado. Pode ser uma renda:
· vitalícia - até o dono do plano falecer,
· temporária - por um período determinado ou até o dono do plano falecer,
· prazo certo - por um período determinado, passando para os beneficiários caso o dono do plano venha a falecer,
· vitalícia com reversão - vitalícia para o dono do plano até ele falecer e vitalícia para os beneficiários.
Atenção aqui: eu não mencionei em momento algum o patrimônio duramente acumulado durante os 20 anos. Pois é, ele fica para a seguradora! Como o objetivo é criar uma renda perpétua, nenhuma dessas alternativas acima nos atende!
“Já sei Patrick, eu não contrato renda mensal. Eu vou eu mesmo resgatando todo mês só os rendimentos do plano de previdência”
Até poderia funcionar, mas os planos de previdência possuem uma carência de 60 dias entre as movimentações. Além disso, a estratégia inicial tem perfil moderado, então não é fácil prever qual será o rendimento de um mês para o outro. Complicado viver de renda sem previsibilidade.
Existe uma terceira opção que atenderia perfeitamente nosso objetivo, mas essa eu conto na semana que vêm.
Muito claro e explicativo